Metamorfose Ambulante

A música Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas, é um hino à liberdade de pensamento e à constante transformação do ser humano. Lançada em 1973, no álbum 'Krig-ha, Bandolo!', a canção se tornou um dos maiores clássicos do rock brasileiro e um dos mais emblemáticos trabalhos de Raul Seixas, conhecido por sua irreverência e crítica social. A letra reflete uma filosofia de vida que valoriza a capacidade de mudar e se adaptar, em contraste com a rigidez de manter 'aquela velha opinião formada sobre tudo'.

O refrão 'Prefiro ser essa metamorfose ambulante' é uma metáfora para a transformação constante do indivíduo, que não se prende a conceitos ou ideologias fixas. Raul Seixas desafia a noção de identidade estática e celebra a fluidez do ser. A música sugere que mudar de opinião e evoluir é mais interessante do que se apegar a crenças ultrapassadas. A ideia de metamorfose também remete à capacidade de renovação e à busca por novas experiências e conhecimentos.

Além disso, a canção aborda a complexidade das emoções humanas, como o amor e o ódio, que podem ser voláteis e contraditórios ('Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor'). Raul Seixas se apresenta como um ator, capaz de desempenhar diversos papéis e sentimentos, o que reforça a ideia de que a identidade é multifacetada e dinâmica. Metamorfose Ambulante é um convite para viver intensamente, sem medo das contradições e mudanças que fazem parte da jornada humana.