Medo da Chuva

A Liberdade e o Desapego em Medo da Chuva de Raul Seixas

Letra da música

A música Medo da Chuva, composta por Raul Seixas e Paulo Coelho, é uma das obras mais emblemáticas do repertório do cantor baiano, conhecido por sua capacidade de mesclar rock, baião e outros ritmos, além de suas letras filosóficas e contestadoras. A canção, lançada em 1974, reflete sobre a liberdade individual e a quebra de convenções sociais, temas recorrentes na obra de Raul Seixas, que frequentemente desafiava o status quo com seu estilo de vida e suas composições.

No contexto da letra, o eu lírico expressa um sentimento de libertação de uma relação opressiva, onde ele se sentia como um 'escravo' ou 'marido' incapaz de partir. A metáfora das 'pedras imóveis na praia' ilustra a estagnação e a falta de experiências vividas, enquanto a chuva simboliza a renovação e o aprendizado que vem com as experiências da vida. A chuva, que antes era um medo, agora é vista como uma fonte de sabedoria e vida, trazendo 'coisas do ar' para a terra.

A crítica social também está presente na música, questionando a aceitação passiva das 'mentiras' impostas por figuras de autoridade, como o 'padre' mencionado na letra. Raul Seixas desafia a noção de que o amor deve ser único e eterno, propondo que a felicidade pode não estar em 'ter amado uma vez', mas talvez em se permitir viver plenamente, sem medos ou amarras. Medo da Chuva é um convite à reflexão sobre a vida, o amor e a liberdade, e permanece como um hino atemporal para aqueles que buscam viver de acordo com seus próprios termos.

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