Xambioá do Sertão

Anos 90, no Vale do São Francisco
Ações de guerrilha atormentaram o Velho Chico
Aterrorizaram em poucos anos
Morreu muito inocente e o soldado Luciano

Em pouco tempo, o terror cresceu demais
Pegaram o delegado e balearam os federais
Ô xambioá, ô xambioá
Lendas e glórias que agora eu vou contar

99, em Belém do São Francisco
Nascia uma equipe pra dar fim a Cleiton e Chico

Ô xambioá, ô xambioá
Orelha na forquilha e o velho Hermes a rastejar
Ô xambioá, ô xambioá
Geleia na água e o aleijado a comandar

E de início, os primeiros resultados
Zezinho foi pra tábua e Eduardo foi pro saco
Lá nos Brandões botaram pra torar
Morreu Manoelzinho, Osvaldão e Vavá

Assalto a banco na cidade de Pilar
Bahia pede apoio e a equipe vai para lá
Foi muita bala no sertão de Curaçá
Morreu Manoelzinho, Vasão e Isamar

Libânio morreu numa troca de tiro
Lá na Raposa, Charles foi baleado
E em Itacuruba, Cildeci foi emboscado

Mas a equipe não desanimou
Foi pro CPS e o serviço aumentou
A equipe foi pra serra e no rio deixou voz
Em Belém, com Zé Vieira, e floresta com Eloy

Chora, CIOE, chora de emoção
Matei Chico Benvindo na ilha da missão
Chora, CIOSAC, destemido e arretado
Matei Cleiton Araquan em Pilão Arcado

Ô xambioá, ô xambioá
Lendas e glórias que agora eu vou contar

Xambioá do Sertão: Uma Ode aos Confrontos e Lendas do Nordeste Brasileiro

A música Xambioá do Sertão, interpretada pelas Canções de TFM, que são tradicionalmente associadas aos treinamentos físicos militares no Brasil, narra eventos de violência e confrontos no Vale do São Francisco durante a década de 90. A letra menciona ações de guerrilha que 'atormentaram o Velho Chico', uma referência ao rio São Francisco, e fala sobre a morte de inocentes e de um soldado chamado Luciano, sugerindo um período de grande insegurança e conflitos na região.

A narrativa prossegue descrevendo a formação de uma equipe destinada a combater os líderes da guerrilha, Cleiton e Chico, e relata uma série de embates violentos, com mortes de ambos os lados. A letra é repleta de nomes e locais específicos, como Belém do São Francisco, Pilar e Curaçá, o que confere um tom de crônica aos acontecimentos. A menção a 'ô xambioá' pode ser uma expressão local ou um refrão que enfatiza a natureza épica e lendária dos eventos descritos.

A música termina com uma celebração das vitórias das forças de segurança, mencionando unidades como CIOE e CIOSAC, que são siglas de companhias de operações especiais da polícia militar. A letra expressa orgulho e emoção pelas conquistas, apesar da violência e do sofrimento envolvidos. Xambioá do Sertão é uma representação musical de um período conturbado, transformando a dor e a bravura em uma narrativa épica, que ressoa com a cultura de resistência e luta do sertão nordestino.