Quando Eu Morrer, Quero Ir de FAL e de Beretta
Quando eu morrer, quero ir de FAL e de Beretta
Chegar no inferno e dar um tiro no capeta
E o capeta vai gritar, desesperado
Meu Deus do céu, tira daqui esse soldado!
Quando eu morrer, quero meu último desejo
Ser enterrado numa pista de rastejo
E o coveiro tem que ser um bom guerreiro
Abrir a minha cova com granadas e morteiros
E a menina que por mim não choraria
Assobiava a canção da infantaria
Infantaria Brasil!
A Marcialidade e o Humor nas Canções de TFM
As Canções de TFM (Treinamento Físico Militar) são conhecidas por refletir o espírito marcial e o humor característico dos militares, e a música "Quando Eu Morrer, Quero Ir de FAL e de Beretta" é um exemplo clássico dessa tradição. A letra apresenta uma visão hiperbólica e bem-humorada da morte, vista sob a ótica de um soldado que deseja levar consigo para o além os símbolos de sua profissão e coragem, neste caso, armas conhecidas por seu uso militar, como o FAL (Fuzil Automático Leve) e a pistola Beretta.
O trecho que menciona o desejo de chegar no inferno e atirar no diabo é uma metáfora para a bravura e a irreverência do soldado, que nem mesmo na morte teme enfrentar figuras temíveis. A ideia de ser enterrado numa pista de rastejo, lugar associado aos treinamentos e desafios físicos dos militares, reforça a identidade do soldado com sua vida de treinamentos e a camaradagem entre os guerreiros, sugerida pela figura do coveiro que deve ser um 'bom guerreiro'.
A menção à menina que não choraria, mas que assobia a canção da infantaria, traz um elemento emocional e cultural, indicando que o respeito e a memória do soldado são perpetuados através da música, um elemento central na cultura militar. A expressão 'Infantaria Brasil!' serve como um grito de orgulho e pertencimento, reafirmando a identidade e o espírito de corpo dos soldados brasileiros. Em suma, a música é uma celebração da vida militar, com uma abordagem que mistura orgulho, coragem e um toque de humor diante da inevitabilidade da morte.