TV

A canção TV de Billie Eilish é uma expressão melancólica que reflete sobre a solidão, o escapismo e a desconexão em tempos modernos. A artista, conhecida por suas letras introspectivas e sua voz suave, utiliza a metáfora de assistir televisão como uma forma de se desligar das emoções dolorosas e das realidades perturbadoras. A letra começa com a vontade de evitar conversas e mergulhar em distrações, como se afogar na piscina ou assistir a programas de TV que exibem o sofrimento alheio, para não enfrentar a partida de alguém querido. Essa abordagem sugere uma tentativa de lidar com a dor e a perda através do desapego e da indiferença.

A música também aborda a questão da amizade e do amor, destacando como as relações podem mudar quando alguém se apaixona. Eilish canta sobre o afastamento dos amigos, uma consequência comum quando novos relacionamentos amorosos tomam a frente. A artista questiona a autenticidade e o valor das conexões pessoais em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais imersas em suas próprias experiências e sentimentos. Além disso, a canção faz referência a eventos culturais e políticos contemporâneos, como o julgamento de estrelas de cinema e a revogação do caso Roe v. Wade, que protegia o direito ao aborto nos Estados Unidos. Essas menções ampliam o escopo da música, conectando as experiências pessoais de Eilish com questões sociais mais amplas.

Por fim, a repetição da frase 'Maybe I'm the problem' (Talvez eu seja o problema) revela uma introspecção e uma autocrítica que podem ser interpretadas como um reconhecimento das próprias falhas ou como uma reflexão sobre a dificuldade de se relacionar com os outros. Billie Eilish, ao longo da música, transita entre o pessoal e o político, o íntimo e o social, criando uma obra que ressoa com ouvintes que se sentem deslocados ou desiludidos com o estado atual do mundo e de suas próprias vidas.