Garoto de Aluguel
Baby!
Dê-me seu dinheiro que eu quero viver
Dê-me seu relógio que eu quero saber
Quanto tempo falta para lhe esquecer
Quanto vale um homem para amar você
Minha profissão é suja e vulgar
Quero um pagamento para me deitar
E junto com você estrangular meu riso
Dê-me seu amor que dele não preciso
Oh! Oh!
Oh! Oh!
Ooooooh!
Baby!
Nossa relação acaba-se assim
Como um caramelo que chega-se ao fim
Na boca vermelha de uma dama louca
Pague meu dinheiro e vista sua roupa
Deixe a porta aberta quando for saindo
Você vai chorando e eu fico sorrindo
Conte pras amigas que tudo foi mal (tudo foi mal!)
Nada me preocupa de um marginal
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Ooh!
Baby!
Dê-me seu dinheiro que eu quero viver
Dê-me seu relógio que eu quero saber
Quanto tempo falta para lhe esquecer
Quanto vale um homem para amar você
Minha profissão é suja e vulgar
Quero um pagamento para me deitar
E junto com você estrangular meu riso
Dê-me seu amor que dele não preciso
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Ooh!
Baby!
Nossa relação acaba-se assim
Como um caramelo que chega-se ao fim
Na boca vermelha de uma dama louca
Pague meu dinheiro e vista sua roupa
Deixe a porta aberta quando for saindo
Você vai chorando e eu fico sorrindo (vá!)
Conte pras amigas que tudo foi mal (tudo foi mal!)
Nada me preocupa de um marginal
Oh! Oh!
Oh! Oh!
Ooh!
Ooh!
A Crueza e a Crítica Social em Garoto de Aluguel de Zé Ramalho
A música Garoto de Aluguel, de Zé Ramalho, é uma obra que mergulha em temas complexos e controversos, como a prostituição masculina e a mercantilização das relações afetivas. Lançada em 1980, a canção se destaca pela sua abordagem direta e pela crítica social implícita em suas letras. Zé Ramalho, conhecido por sua voz marcante e suas composições carregadas de simbolismo e crítica social, utiliza a figura do 'garoto de aluguel' como metáfora para discutir a desumanização e a exploração dentro das relações humanas.
A letra da música apresenta um diálogo entre o protagonista, o 'garoto de aluguel', e uma mulher identificada apenas como 'Baby'. Ele expressa um misto de desdém e desapego, pedindo dinheiro e um relógio, símbolos de materialismo e tempo, respectivamente, em troca de seus serviços. A repetição da frase 'Dê-me seu dinheiro que eu quero viver' sugere uma crítica à sociedade capitalista, onde o amor e a dignidade podem ser comprados ou vendidos. A relação descrita é fria e transacional, destacando a solidão e o vazio emocional que podem acompanhar a busca por prazer imediato e gratificação material.
A canção também aborda a questão da moralidade e do julgamento social. O protagonista se refere à sua profissão como 'suja e vulgar', reconhecendo o estigma associado à prostituição. No entanto, ele desafia a hipocrisia da sociedade ao afirmar que não precisa do amor da mulher, apenas do pagamento. A música termina com uma imagem poderosa: a mulher saindo, chorando, enquanto o 'garoto de aluguel' sorri, uma inversão das expectativas emocionais que sublinha a complexidade das interações humanas e a crítica à superficialidade das relações baseadas em transações.