Trajetória
Olha
Eu tentei voltar no tempo
Eu tentei mudar a história
Eu pensei por um momento
Seguir outra trajetória
Pra esquecer as melodias
Eu queimei as partituras
Rasguei as fotografias
Mas meu Deus a essa altura
Já não sei mais o que faço
Me perdi nos teus abraços
Não, não dá pra te esquecer
Você é a chuva, é o vento
É o meu maior mistério
Não entende o sentimento
Você não me leva a sério
Mas também é o sol que brilha
No meu mundo tão difícil
É você que me inspira
É o meu mel, meu céu, meu vício
Você é a chuva, é o vento
É o meu maior mistério
Não entende o sentimento
Você não me leva a sério
Mas também é o sol que brilha
No meu mundo tão difícil
É você que me inspira
É o meu mel, meu céu, meu vício
Oh oh oh
Olha
Eu tentei voltar no tempo
Eu tentei mudar a história
Eu pensei por um momento
Seguir outra trajetória
Pra esquecer as melodias
Eu queimei as partituras
Rasguei as fotografias
Mas meu Deus a essa altura
Já não sei mais o que faço
Me perdi nos teus abraços
Não, não dá pra te esquecer
Você é a chuva, é o vento
É o meu maior mistério
Não entende o sentimento
Você não me leva a sério
Mas também é o sol que brilha
No meu mundo tão difícil
É você que me inspira
É o meu mel, meu céu, meu vício
Você é a chuva, é o vento
É o meu maior mistério
Não entende o sentimento
Você não me leva a sério
Mas também é o sol que brilha
No meu mundo tão difícil
É você que me inspira
É o meu mel, meu céu, meu vício
A Dor e a Doçura de uma Trajetória Amorosa com Péricles
A música Trajetória, interpretada pelo cantor Péricles, um dos grandes nomes do samba e pagode brasileiro, é uma expressão lírica que mergulha nas complexidades do amor e da memória. A letra da canção revela a luta de alguém que tenta, sem sucesso, alterar o passado e as marcas deixadas por um relacionamento significativo. A tentativa de 'voltar no tempo' e 'mudar a história' sugere um desejo de corrigir erros ou de reviver momentos felizes que se perderam com o tempo.
O ato de queimar partituras e rasgar fotografias simboliza uma tentativa desesperada de apagar as lembranças, de se libertar das amarras emocionais que ainda prendem o eu lírico à pessoa amada. No entanto, a intensidade dos sentimentos torna essa tarefa impossível, como expresso no verso 'Já não sei mais o que faço'. A música transmite a ideia de que, apesar dos esforços, certas conexões são tão profundas que se tornam indeléveis, marcando a 'trajetória' de uma vida.
A dualidade dos sentimentos é capturada nos versos finais, onde a pessoa amada é descrita como elementos naturais e contraditórios: 'Você é a chuva, é o vento' e 'Mas também é o Sol que brilha'. Essa metáfora ilustra a complexidade do amor, que pode ser ao mesmo tempo doloroso e revigorante. A pessoa amada é vista como um 'mistério', alguém que não leva o sentimento a sério, mas que, paradoxalmente, é a fonte de inspiração e vício do eu lírico. Péricles, com sua voz marcante, transmite toda a emoção dessa montanha-russa sentimental, característica de muitas relações amorosas.