Mensagem (ao vivo)

Aldo Cabral / Cícero Nunes

Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou
Com uma carta na mão
Ante surpresa tão rude
Nem sei como pude chegar ao portão

Lendo o envelope bonito
O seu sobrescrito eu reconheci
A mesma caligrafia que me disse um dia
Estou farto de ti

Porém, não tive coragem de abrir a mensagem
Porque, na incerteza, eu meditava, dizia
Será de alegria ou será de tristeza?
Quanta verdade tristonha ou mentira risonha
Uma carta nos traz
E assim, pensando, rasguei sua carta e queimei
Para não sofrer mais

Todas as cartas de amor são ridículas
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas
Também escrevi, no meu tempo
Cartas de amor como as outras, ridículas
As cartas de amor, se há amor, têm que ser ridículas

Quem me dera o tempo em que eu escrevia, sem dar por isso
Cartas de amor ridículas
Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor
É que são ridículas

Porém, não tive coragem de abrir a mensagem
Porque, na incerteza, eu meditava, dizia
Será de alegria ou será de tristeza?
Quanta verdade tristonha ou mentira risonha
Uma carta nos traz
Assim, pensando, rasguei sua carta e queimei
Para não sofrer mais

Curiosidades sobre a música Mensagem (ao vivo) de Maria Bethânia

De quem é a composição da música “Mensagem (ao vivo)” de Maria Bethânia?
A música “Mensagem (ao vivo)” de Maria Bethânia foi composta por Aldo Cabral e Cícero Nunes.

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