Mother

Mother, you had me
But I never had you
I, I wanted you
You didn't want me
So, I
I just got to tell you
Goodbye
Goodbye

Father, you left me
But I never left you
I needed you
You didn't need me
So, I
I just got to tell you, mm
Goodbye
Goodbye

Children, don't do
What I have done
I couldn't walk
And I tried to run
So, I
I just got to tell you
Goodbye
Goodbye

Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home

Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home

Mama don't go
Daddy come home
Mama don't go
Daddy come home

John Lennon e o Grito por Amor em Mother

A música Mother de John Lennon é uma expressão crua e emocionalmente carregada de sua experiência com a ausência parental. Lançada em 1970 no álbum 'John Lennon/Plastic Ono Band', a canção reflete a dor e o sentimento de abandono que Lennon sentiu desde a infância, quando foi separado de seus pais e criado por uma tia. A letra é um desabafo direto e sincero, onde Lennon se dirige a sua mãe e seu pai, expressando a falta que sentiram um do outro e o impacto que isso teve em sua vida.

A repetição das palavras 'Goodbye' (adeus) após cada estrofe onde ele fala sobre sua mãe e seu pai sugere uma tentativa de encerrar um capítulo doloroso de sua vida, uma espécie de despedida emocional. A música também serve como um aviso para as crianças não seguirem o mesmo caminho, indicando que as experiências de sua infância o levaram a 'tentar correr antes de poder andar', uma metáfora para os desafios e as decisões precipitadas que ele enfrentou mais tarde na vida.

O final da música, com as repetições desesperadas de 'Mama, don't go' e 'Daddy, come home', reflete o desejo eterno de uma criança pelo amor e atenção dos pais, mesmo quando adulto. A intensidade emocional da música é amplificada pela performance de Lennon, que é conhecida por sua honestidade e vulnerabilidade. Mother é um exemplo poderoso de como a música pode servir como um meio de processar e expressar sentimentos profundos e, muitas vezes, dolorosos.