Covardia
Covardia minha te ligar
Inocência sua me atender
Sabendo que eu não vou mudar
Que eu não vou assumir você
Sabendo que eu vou te fazer sofrer
Seria mais fácil me esquecer
Mas gosta do que eu sei fazer
Seria mais fácil me evitar
Mas gosta de se enganar
Seria mais fácil me esquecer
Mas gosta do que eu sei fazer
Seria mais fácil me evitar
Mas gosta de se enganar
A Dança da Sedução e Autossabotagem em Covardia (part. Ana Castela)
A música 'Covardia (part. Ana Castela)', interpretada pelo cantor Wesley Safadão, é um retrato da complexidade das relações amorosas contemporâneas, marcadas por jogos de sedução e autossabotagem. A letra aborda a dinâmica de um relacionamento onde um dos envolvidos reconhece sua própria covardia ao procurar o outro, mesmo sabendo que não está disposto a oferecer um compromisso sério ou mudar seu comportamento. A inocência é atribuída à pessoa que, mesmo ciente das intenções do outro, escolhe atender e se envolver nesse ciclo vicioso.
O refrão da música destaca a contradição entre o que seria mais fácil e saudável para os envolvidos – esquecer e evitar um ao outro – e a atração que os mantém presos nesse jogo. A expressão 'gosta do que eu sei fazer' sugere que há uma química ou uma conexão física que torna difícil romper esse laço, mesmo que ele seja prejudicial emocionalmente. A repetição dessa parte da letra reforça a ideia de um padrão comportamental difícil de quebrar, onde a lógica e o desejo estão em constante conflito.
Wesley Safadão, conhecido por suas músicas que misturam forró e sertanejo, muitas vezes aborda temas de amor, traição e festa em suas letras. 'Covardia (part. Ana Castela)' se encaixa nesse contexto, trazendo uma reflexão sobre as escolhas amorosas e a dificuldade de se libertar de relações que são, ao mesmo tempo, prazerosas e dolorosas. A colaboração com Ana Castela adiciona uma perspectiva feminina à música, criando um diálogo entre os gêneros e enriquecendo a narrativa da canção.