Não Se Bote
Nao se bote
Não se bote
Não se bote
Num se bote não
Na ponta preta do sisal
Na palha verde da vida
O trabalhador rural
Estende seu amor na fibra
Tú quer poesia, então vem pro nordeste
Espinho da caatinga, só cabra da peste
As costa marcada, meu povo não esquece
Bato de frente, pois não é um teste
Quero meu din, então vir cobrar
Se meter a besta, a cobra vai fumar
Se o coro comer, quero ver aguentar
Surra de ortiga que eu vir te dar
O bonde metendo dança
A senhora no reisado
Aboiador entoando
Samba de roda no talo
Sempre somando e juntando
O presente com passado
Pois o futuro é dos meus
Vai tá bem representado
Não se bote
Não se bote
Não se bote
Num se bote não
Bum, tiro, pá, viro
Monstro do cangaço
Quem tem o peito tipo aço
Quem leva a força do roçado
Óh reis do agrotóxicos
Respeite o nosso lugar
Respeite a nossa saúde
Agricultura familiar!
Óh reis do agrotóxicos
Deixa eu te explicar
O nordeste vai ser independente
Se prepare pra separar
Não se bote
Não se bote
Não se bote
Num se bote não
Na ponta preta do sisal
Na palha verde da vida
O trabalhador rural
Estende seu amor na fibra
Tú quer poesia, então vem pro nordeste
Espinho da caatinga, só cabra da peste
As costa marcada, meu povo não esquece
Bato de frente, pois não é um teste
Quero meu din, então vir cobrar
Se meter a besta, a cobra vai fumar
Se o coro comer, quero ver aguentar
Surra de ortiga que eu vir te dar