Flores

A Melancolia e a Permanência em Flores dos Titãs

Letra da música

A música Flores, da banda brasileira Titãs, é uma composição que se destaca pela sua poesia carregada de simbolismo e melancolia. Lançada no álbum 'Õ Blésq Blom' de 1989, a canção se insere no contexto do rock brasileiro dos anos 80, marcado por letras introspectivas e críticas sociais. A banda, conhecida por suas letras inteligentes e seu estilo musical diversificado, aborda nesta música temas como a dor, a reflexão sobre a existência e a busca por significado em meio ao caos da vida moderna.

O refrão 'As flores de plástico não morrem' sugere uma reflexão sobre a artificialidade e a falta de autenticidade nas relações humanas e na sociedade contemporânea. As flores de plástico, ao contrário das naturais, não têm vida, não exalam perfume e não murcham, servindo como metáfora para algo que, embora imune ao desgaste do tempo e à dor, também é desprovido de essência e beleza verdadeira. A repetição dessa frase ao longo da música reforça a ideia de que, apesar de serem eternas, essas flores não possuem o valor e a beleza das flores reais, que, embora efêmeras, são autênticas.

A canção também aborda a dor e o sofrimento de forma intensa, utilizando imagens como 'os punhos e os pulsos cortados' e 'o soro tem gosto de lágrimas', que podem ser interpretadas tanto literal quanto metaforicamente. Literalmente, essas imagens podem remeter a uma tentativa de suicídio ou automutilação, enquanto metaforicamente, podem representar a dor emocional profunda e a tentativa de curar as feridas internas. A música, portanto, convida o ouvinte a uma reflexão sobre a dor, a superação e a busca por cura, seja ela física ou emocional, em um mundo onde a autenticidade parece estar em declínio.

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