Filho da Tragédia (part. Leall e L7nnon)
Raflow
Meus mano vencendo na vida
E na boca da esquina a vida venceu os mano
O estado genocida incentiva
Hoje o menor tem ódio mas já teve um sonho
Então não tiveram saída
Dentro de casa os problemas só vão aumentando
Pra viciado te agredir
Já viveu isso algum dia pra tu tá julgando
É que tu não vale o que tu é
Tu vale o quanto tu tiver dentro do bolso
Um montão focado em Nike Air
Eu foquei em tirar minha mãe do fundo do poço
Os de verdade nóis sabe quem é
Diferente dos que quer pagar de bom moço
Então escolhe não mão ou no pé
Pra aprender a dar respeito pra mulher dos outros
Intimidade nóis não tem
Deve ser por isso a expressão no meu rosto
Meu sorriso não quer dizer que eu tô bem
Vários bagulho doido que até da desgosto de pensar
Nóis sofre tanta covardia
Mas nóis nunca vai cometê-la
Tu colhe o que tu planta um dia a cobrança é severa
Então corre menor pra não viver no meio dessa guerra
Mas graças a Deus eles tão se inspirando
Meus mano vencendo na vida
E a boca na esquina a vida venceu os mano
O estado genocida incentiva
O menor cheio de ódio mas já teve sonho
Montão não tiveram saída
Dentro de casa os problemas só vão aumentando
Pra viciado te agredia
Já viveu isso algum dia pra tu tá julgando
Leall
Eu lembro tava começando a conhecer o Brasil meu mano caiu da dentro da cela
Tanta violência a moda conduta
Artista da rua filho da tragédia
Eu acho engraçado playboy do recreio pensando que aqui é colônia de férias
Regras severas guerra, tiroteio
Não põe Deus no meio de toda essa merda
Todos ao meu redor me dizem pra ter pressa
Fiz eles pensarem que eu tava morto
No fundo do poço eu montei minha peça
Ouço falarem apenas falarem de esforço sem disciplina na favela
Eles falam de folha mas eu sou o fogo
Conheço esse jogo não sigo essas regras
Eu me sinto lento
Na terceira garrafa em alguma boate
Eu recebo contratos
Manda vir que eu pago
Esses caras são rato atrás de todo queijo
De todo preto que surge no mercado
Seu empresário de copo vazio
Meu empresário ex presidiário
L7nnon
Falta de oportunidade sem comida em casa
Faltava até o do pão
Cansado de ser esculachado menorzin de idade abraçou o plantão
Mãe viciada na pedra
O pai na cachaça
Ele na responsa do irmão
Tava faltando a moeda
Fico até sem graça
Vários nessa condição
Quem dera eu pudesse acordar e falar que isso tudo era só um pesadelo
Quem dera essas ruas não fossem pintadas de sangue no Rio de Janeiro
Que teus mano não virassem Judas
Por ganância, por dinheiro
Que aquele ditado fizesse sentido e que os últimos fossem os primeiros
Para de mecher com a mulher dos outros
Se não é fogo e gasolina
Microondas
E nem as ondas que são surfadas pelo Medina
Mantendo silêncio na rua mesmo tendo uma boca em cada esquina
O crack fazendo viciada assaltar de faca
Como se fosse esgrima
Nóis não força simpatia
Nem conta mentira pra passar batido
Nóis fala da realidade passando a visão tipo bandido antigo
Sempre puxando a responsa e na hierarquia eu lembro dos amigos
É só tu botar na balança
E vê se vale a pena tu formar caô comigo
Raflow
Meus mano vencendo na vida
E na boca da esquina a vida venceu os mano
O estado genocida incentiva
Hoje o menor tem ódio mas já teve um sonho
Então não tiveram saída
Dentro de casa os problemas só vão aumentando
Pra viciado te agredir
Já viveu isso algum dia pra tu tá julgando