Velha e Louca

Pode falar que eu não ligo
Agora, amigo
Eu 'to em outra
Eu 'to ficando velha
Eu 'to ficando louca

Pode avisar que eu não vou
Oh oh oh
Eu 'to na estrada
Eu nunca sei da hora
Eu nunca sei de nada

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Pode falar que nem ligo
Agora eu sigo
O meu nariz
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca

Pode falar, não importa
O que tenho de torta
Eu tenho de feliz
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

A Celebração da Autenticidade em Velha e Louca de Mallu Magalhães

A música Velha e Louca, da cantora e compositora brasileira Mallu Magalhães, é uma ode à liberdade individual e à aceitação da própria essência. Com uma melodia suave e uma voz doce, Mallu transmite uma mensagem de autoconfiança e desapego às opiniões alheias. A letra da canção reflete uma atitude de quem decidiu viver de acordo com seus próprios termos, sem se preocupar com julgamentos externos.

A repetição do verso 'Pode falar que eu não ligo' estabelece desde o início uma postura de indiferença às críticas e conselhos não solicitados. A artista expressa uma transformação pessoal, onde o envelhecimento e a 'loucura' são simbolizados como etapas de um processo de autoconhecimento e emancipação. A referência ao 'batom vermelho' é uma metáfora poderosa para a autoexpressão e a coragem de se destacar, de ser visível e viver com intensidade.

Mallu Magalhães, conhecida por sua mistura de folk, samba e bossa nova, utiliza a música para celebrar a alegria como uma escolha, um 'dom' que ela opta por cultivar. A positividade que permeia a canção sugere que, apesar das imperfeições ('o que tenho de torta'), é possível encontrar felicidade e beleza em cada aspecto da vida ('em cada canto eu vejo o lado bom'). Velha e Louca é um hino à autenticidade e ao otimismo, incentivando os ouvintes a abraçarem suas singularidades e a viverem com plenitude.