Roubalheira

Luiz Caldas

Ele abre a boca e voce fecha a cabeça
Vira um debiloide e ainda faz papel de besta Não vê cair a ficha e por incrível que pareça A sua inteligência dorme não importa o que aconteça

O raso é o limite e o ralo é seu barraco Seus impostos você paga e continua sendo um rato Ele cria discurso, maquina toda parada, vc se aproxima por essa “zideia” furada Cai em qualquer papo, qualquer conversa fiada Pior nem desconfia que essa ralé não vale nada

É burra, ladra, estúpida, demente, pateta, escrota, otaria e exigente, Assecla, acéfala, maldosa, indecente, canalha, abusiva, o que é pior, experiente!

Age com intuito, orquestrado e independente Está numa sintonia que nunca foi a da gente Saqueia, maltrata, abandona, desnorteia, desmotiva Ignora, cospe, mata, pisoteia!

Empata foda, passado, presente e futuro
Te exige suor, só quer te ver dando duro Promete a porra toda até a luz pro seu escuro Se sua vida fosse um bote ele lhe fazia um furo

Até fatalidade pode ser muito bem-vinda Depende do estrago e da grana envolvida Se der pra barganhar, extirpar, ganhar propina Assinar sua sina e ver o bicho pegar

Empapuçado ele só te dá sobra
Primeiro ele, voce é só massa de manobra, Ele incomoda, pede voto, te envenena como uma cobra Não tem pena, não tem teto, na verdade nem tem obra

Cria laranja mas só chupa mesmo a teta
É chegado numa mutreta, falcatrua, coisa e tal Isso é repugnante pois não há um só instante em Que ele se ache podre, fuleiro, pedante e mau.

Ainda arrasta filho, amigo, gato e cachorro Entrega cofre, quebra seu porquinho você que peça socorro, na sua casa, na subida lá no morro sem saída, desguarnecida De tão merecida atenção

Mas só oração é que te serve de alívio
Só com Deus pra ter prestígio, paz e resignação Sangue de barata, paciência de ovelha Pois, primeiro ele te rouba depois te deixa na mão

É meu irmão, ele é só um funcionário com status de estrela Todo dia é sexta feira, toda hora reunião Propõe só baboseira, é um poço de besteira É um só Jesus na causa, é um mar de ilusão

Quer tudo na caneta, na esperteza, no embalo Pois por debaixo dos panos tem o sino e o badalo, Pipoco de champanhe, de milícia lá presente, tem peleja, Tem confronto, e eu só batendo de frente

Fazendo minha parte pois meu velho couro sente, Creio em mim eu sou honesto procuro solução Eu sei, não abro mão! Esse país me pertence, não nasci pra ser palhaço Nem também vou ser ladrão

Eu sou brasileiro no nosso maior celeiro Indignado e atento, esperando que um bom vento Leve um bocado de ladrão, que traga solução Que traga divisão, que traga união pra união da nação, meu irmão!
Roubalheira....

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