Ku Klux Klan

Luiz Caldas

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

Em 1866 no estado do Tennessee nascia a KKK Parece riso mas a história é de arrepiar O papo é reto, presta atenção, fica esperto Estou falando da Ku Klux Klan, Que por incrível que pareça essa porra ainda tem fã Eu digo tem porque renasce como a fênix Não da pra adivinhar a hora que vai voltar Foda é que até hoje essa porra vive a se camuflar

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

Veteranos da guerra de secessão
Putos com a abolição criaram a Klan
Pra difundir o reacionarismo impregnado de racismo Escrotidão e ceticismo

No dia 13 de abril de 1873, em Colfax, Louisiana
300 milicianos, todos brancos, atirando, cercando E infernizando os defensores da cidade Foi uma atrocidade, pro negro não houve piedade

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

Os que fugiram foram caçados por cães
Os que ficaram foram presos, julgados, condenados Jogados aos jacarés, aos que ficavam Vivos só sobrava a fé pra não soçobrar

A noite apareciam com tochas,
Palavras cheias de ódio, assustadores
Defendiam um império invisível do sul
Dos derrotados da extrema direita

Atacavam escolas e igrejas dos negros,
Provocavam medo e sufocava
Qualquer pessoa afro-americana
Que entrasse pra política e fosse eleita

Com a notícia do que houve se espalhando O governo americano decidiu criar umas leis Pra apaziguar, surpreendentemente Prendeu vários dirigentes E assim em 1872 a Klan foi cochilar

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

Mostrando o negro como violento e primitivo Enquanto o branco era o pacifico civilizado O livro The Clansman e o filme “O nascimento de uma nação” de 1915 Desperta a Klan do cochilo que passa também A atacar Católicos, comunistas e Judeus, Com quatro milhões de membros E a adesão feminina, tacaram fogo na cuz Usaram como símbolo e tome mais chacina

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

O sulista puto com o Presidente Lincoln Logo se reta, se inflama Chama de privilégio a liberdade de expressão Quer a volta da senzala e da escravidão

Enaltecem os seis otários do clube em Pulaski O General escroto Mago Forrest E sua ficcional hierarquia de grandes dragões Grandes Titãs e grandes ciclopes Enfim a grande depressão de 1929 Deixou todo mundo pobre, pegando fila E assim novamente a Klan cochila

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

Depois de 1963 quando uma bomba
Matou quatro crianças numa igreja
O presidente Jhonson assinou o decreto
Dos direitos civis, marco na história
Da relação das raças, a Klan se tornou
Uma entidade viva só em pequenas
Regiões desguarnecidas pelo poder
Racismo tem que se fuder
Ninguém é melhor do ninguém nesse caralho É carta fora do barulho, viva e deixe viver

A raiva nunca dorme ela só tira um cochilo

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