Para Mostrar Nossa Fronte
Ainda transita em nosso sangue
O que sustentou bandeiras
Daí a evocação guerreira
E esta coragem de nascimento
Ainda assombra governantes
Esta latente insurgência
Que vem de quando a querência
Se armou e se fez pátria
Este apego a liberdade
Que não veio por regalo
Digam os homens e os cavalos
Que a história nos exigiu
Ainda há ferro na palavra
Que não refuga por nada
Aqui, a palavra empenhada
Traz o aval dos avós
Por isso falquejei este canto
Que fala de hoje e ontonte
E pra mostrar nossa fronte
É que tapeei bem o chapéu
Por termos esta pujança
Para o trabalho somos quebra
E a rigidez das cercas de pedra
Permeia nossos músculos
São coisas que a mãe terra gravou
Nas primeiras gerações
E nem o tempo que traz mutações
Pode alterar nossa essência
As almas aqui do sul
Carregam o barro da formação
Daí trancarmos o garrão
E sustentar a identidade