O Medo

Deu meia-noite agora e
Sem sono eu me deito
Lá fora a lua aclara
A treva escura é jogo feito

Um vulto me apavora
Um olho, o vôo de um suspeito
Vixe, Nossa Senhora
Afastai esse morcego

Livrai-me desse medo
Eu rogo, eu peço arrêgo
Sai medo de mim
Sai de mim

Água, água
Água de fogo eu choro
A me ferir
Meu grito é um silêncio
Sem fim

Eu suo seco sem
Saliva, sob o sol
Sem sombra, é sempre
Deserto em mim

E sigo a seco sem
Uma nuvem no céu
Só sede queima
O meu jardim

Deu meia-noite agora e
De tudo eu tenho medo
Lá fora a lua aclara
E do medo nasce medo

Um vulto me apavora
É que do medo eu tenho medo
Vixe, Nossa Senhora
É medo, é medo, é medo, é medo

Livrai-me desse medo
Eu rogo, eu peço arrêgo
Sai medo de mim
Sai de mim

Água, água
Água de fogo eu choro
A me ferir
Meu grito é um silêncio
Sem fim

Eu suo seco sem
Saliva sob o sol
Sem sombra é sempre
Deserto em mim

E sigo a seco sem
Uma nuvem no céu
Só sede queima
O meu jardim

Olho pra frente, olho pro lado
Olho pra trás já fatigado
É tanto medo
De repente não dá mais

E penso mudo, penso inteiro
Penso tudo, em desespero
Corro em vão, não tem saída
Estou na mão

E sinto frio, sinto ardência
Sinto sempre alguma ausência
A febre vem e no vazio
Se detém

E vejo caras, vejo bocas
Vejo taras quase roucas
Um horror por trás é sempre
Medo e dor

Curiosidades sobre a música O Medo de João Bosco

Em quais álbuns a música “O Medo” foi lançada por João Bosco?
João Bosco lançou a música nos álbums “As Mil E Uma Aldeias” em 1998 e “Benguelê” em 1998.

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