Gente a Gente Ama
Gente a e gente ama
Gente a e gente ama
Coisa a gente usa
Todo tatuado no centro eu ando sem blusa e
Suspeito de tudo
Olho puxado sem ser japonês,
Mas não me acuse
Boyz in the hood, bem vindo ao Rio
40 graus e é só o início
Aperta o start, puxa o gatilho
Sentindo frio de tanto medo
O beco escuro apaga o seu brilho
Mas não se assusta na troca de tiro
Nós sabemos como isso termina desde o início
A bala voa e nem passa nos seus condomínios
Enquanto o homem de terno faz o extermínio
Nunca tive padrinho
Me levantei da lama ao caos
No sample do instrumental
Noites em claro atrás do cifrão pra mim já é normal
Get the money, dollar bill y'all
Menor na endola faz nota, e coca não é sal
No país do futebol
Crack debaixo da marquise
Atento às luzes do farol
A cidade é uma vitrine de possibilidades e percepções
Visão ampla, que nessas ruas eu não posso errar
Minha caneta é maior que os meus problemas
Pensando alto eu atravesso avenidas
Acendo um fino e vem na mente o universo
Rimas e batidas em torno dessas esquinas
Não tente me prender por grades e algemas
Fiz minha primeira mixtape durante a quarentena
Anos luz a frente
Entro na tua mente mais pesado que o cartel de Cáli e o tráfico de entorpecentes
Gente a e gente ama
Coisa a gente usa
Todo tatuado no centro eu ando sem blusa e
Suspeito de tudo
Olho puxado sem ser japonês,
Mas não me acuse
E naõ se ilude
Porque eu não uso UZI
Nem sou a favor armas
Mas também não abuse
E contra mim uma use
Que eu tenho uns amigo
Menos Mec que curte
yoow
Ouvindo Nirvana, Kurt
Smell like teen Spirit
Pixado num muro de um bairro em de São Gonçalo City
Consciência de classe,
Fodasse a elite
Entramos no embate
Entre pagar as contas, ser feliz e se divertir
É preciso entender que o neo-liberalismo
Evita que junto geral venha progredir
Como sociedade
E tu nessa idade
Fala merda na internet, insiste
Gente a e gente ama
Coisa a gente usa
Todo tatuado no centro eu ando sem blusa e
Suspeito de tudo
Olho puxado sem ser japonês,
Mas não me acuse
Um bicho no topo do prédio
Com o pé afundando na lama
Desde pequeno com mente na lua
E a professora reclama
Mano, cuidado que o bagulho é sério
Eu acordei preso na cama
Preso num sonho, jogado no inferno
O pesadelo me alcançava
Cai num buraco na calçada
Pra sempre um vazio no meu peito
Mataram um maluco na paulada
Da tróia ele foi o suspeito
Mais um trauma não superado
Drogas que nem fazem efeito
Culpando meus antepassados
Será que eu perdi meus preceitos?
Cansei de esconder os defeitos
E de reproduzir preconceitos
De agir de um jeito adequado
Antiquado, eu não peço que aceite
Na mesa um banquete de assados
No quarto eu chorando com sede
Sei que estamos só todos cansados
E pedindo clemência nas redes
Planejaram outro golpe de Estado
Maravilha cidade nefasta
Me perguntam por que nois bebemos
E usamos droga de escape
Já olhou os fuzis nas picapes?
Reparou nos semblantes cansados?
Se me pede que pare, eu não paro
Acordando antes de ficar claro
Gente a e gente ama
Coisa a gente usa
Todo tatuado no centro eu ando sem blusa e
Suspeito de tudo
Olho puxado sem ser japonês,
Mas não me acuse