Os Mandamentos do Vinho
Amarás o vinho
O vinho de Portugal
Auga nou le botarás
Para que te num faça mal
Te num faça mal
Auga nou le botarás
Para que te num faça mal
Não jurarás
P'la folha de laranjeira
Que é ofensa que fazes
À sua prima parreira
Sua prima parreira
Que é ofensas que fazes
À sua prima parreira
Guardarás
Pão e vinho na algibeira
E co ele beberás
Quando te der na goteira
Te der na goteira
E co ele beberás
Quando te der na goteira
Honrarás
O odre de vinho
O chapéu lе tirarás
Se o encontrares no caminho
O еncontrares no caminho
O chapéu le tirarás
Se o encontrares no caminho
Não matarás
Só se for cabra ou bode
A carne le comerás
E da pele farás um odre
Le farás um odre
A carne le comerás
E da pele farás um odre
Não fornicarás
Só se for bilha grossa
A boca le apararás
P´ra que verter-se não possa
Verter-se não possa
A boca le apararás
P´ra que verter-se não possa
Não furtarás
Só se for p´ra beber
Se te fores confessar
Sempre te hão de absolver
Te hão de absolver
Se te fores confessar
Sempre te hão de absolver
Não levantarás
Odre que seja deitado
Ai antes te deitarás
Deitarás do outro lado
Ai do outro lado
Ai antes te deitarás
Deitarás do outro lado
Não desejarás
Beber por vasilha pequena
Desde que bota a escuma
Fora, logo le fica
Fica a cor morena
Fora, logo le fica
Fica a cor morena
Não cobiçarás
A salada de pepino
É mui fresca no verão
E mui contrária ao vinho
Mui contrária ao vinho
É mui fresca no verão
E mui contrária ao vinho