O Cortejo Dos Penitentes
No cortejo dos penitentes
Vão culpados pecadores da gula
Vão culpados da sensualidade
Castigados até à medula
Vão os tíbios e frouxos no amor
Imaculados como o Criador
Vão culpados por abstinência
Vão culpados das suas carências
No cortejo dos penitentes
Os homens cortam suas próprias carnes
São ofertas que fazem aos céus
Ao mais alto de todos os céus
No cortejo dos penitentes
Os sacerdotes da austera vida
Vão contentes e muito enfeitados
Sobre as cinzas dos sacrificados
E cantam louvores
Ao Deus
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
No cortejo
Os penitentes
Bebem tragos de bebida amarga
Da urina que depois vomitam
Pela noite mal aventurada
No cortejo
Os penitentes
Comem postas de sangue coalhado
Da sangria dos outros romeiros
Suavemente mutilados
E cantam louvores
Ao Deus
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P'ra que te louvem
Com sono quieto