Na Saudade do Posto
Ha um ciclo de lua que uma saudade ponteou no meu posto
E me acorda aos trompaços lembrando os puaços dos olhos dela
E o vento da noite vem feito uma açoite na minha janela
E o vento da noite vem feito uma açoite na minha janela
Então pego a guitarra que traz no seu molde feições do seu corpo
Pra ver num instante surgir o semblante da imagem tua
E tempos foi estrela que são ponte-suelas pra o queixo da lua
E tempos foi estrela que são ponte-suelas pra o queixo da lua
Saudade se achega e de manso me leva pra junto ao galpão
Um baio ou rosilho uma espora sem brilho perdida do tento
E um freio sem viço me pede serviço já faz muito tempo
Saudade se achega e de manso me leva pra junto ao galpão
Um baio ou rosilho uma espora sem brilho perdida do tento
E um freio sem viço me pede serviço já faz muito tempo
No mesmo compasso a lua se lança nas ancas do baio
Do centro do céu sombreia o chapéu no corpo da estrada
Numa estrela descendo me vejo volvendo aos braços da amada
Numa estrela descendo me vejo volvendo aos braços da amada
Porque uma estrela refuga da noite se some no mundo
Deixando um escuro um espaço maduro junto da amada
Me volto pro rumo no basto me arrumo e o baio se acalma
Me volto pro rumo no basto me arrumo e o baio se acalma
Na muda da lua me chego ao povoado que guarda minha linda
Que sei que me espera prontita cancela tão bela e serena
E dou fim ao desgosto voltando ao meu posto com a flor de morena
Na muda da lua me chego ao povoado que guarda minha linda
Que sei que me espera prontita cancela tão bela e serena
E dou fim ao desgosto voltando ao meu posto com a flor de morena