Parte do Show (part. D96, Rafael Princi e Hollyweed)

Em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo
Exorcizo os meus demônios com poesia e canto
São tempos difíceis, caças vomitam mísseis
A fé são caça niqueis e o sangue fundi com pranto
Misericórdia
Alma transcende, mata a sede daquele que aqui padece
Por motivos banais então, adoece
Ajoelhe, faça sua prece
Reze, vê se não se esquece
O lugar é só um detalhe, então, agradece
Passo à passo, o pulso, pulsa
Expulsa do peito o ódio
Catapulta arremessa homens no pódio
Velas acesas, quarto com cheiro de incenso
Intenso é o censo que mantém o espírito livre e sóbrio
Subo, na paz eu me aplumo
Como Fênix renasço e desenho um novo rumo

Pra outro pico, não sei se vou ou fico
Indeciso mas original, não me falsifico
No tópico eu não tropico, artilheiro tipo Zico
Nesse país tropical, utópico, identifico
Além daqui, me perco na imensidão
Mar de gente solitária, o que resta é o coração
Ainda bate o bumbo na caixa, coração na faixa
Ideia a cada artéria, se toma tombo enfaixa
Cada dia é transição e eu transito
É parte da minha missão, gritar o que eu sinto
E me sinto um absinto cem por cento, eu sou distinto
Aroma de destilação, da mesma cor que vinho tinto
Vermelho é a cor da paixão, e é assim que eu me sinto
Eu amo o que eu faço, meu traço é meu absinto
No plano da imaginação, meu fluxo criativo
Abraça a liberdade do plano subjetivo

Sigo calculando passo a passo, bro
As rimas são só parte do show
Revezo modo fast e o modo slow no flow, suavecito

Sigo calculando passo a passo, bro
As rimas são só parte do show
Revezo modo fast e o modo slow no flow, suavecito

Foco na fala, prudência nos versos
Que encaixa o compasso eu puxo no flow
Não abro a boca
Se o silêncio for melhor que meu discurso djow
Sempre foi de coração desde menor
Dou meu sangue pra que o que cê vai ouvir seja o melhor
Rimas, virtudes e às vezes problemas
Resoluções outras vezes dilemas
Essa podridão já foi jardim, lek
Quanto mais vejo a sociedade mais me isolo com meus rap
Eles põe pobre na favela, os preto na cadeia
Os menor na ignorância e as minas na coleira
Maçante o bastante por ser tão constante
De instante em instante agravando a dor
Passado passando da estante ao semblante
Vermelho sangue manchando meu flow
Por isso que isso aqui é necessário guerreiro
Nós não quer roubar a cena, quer escrever o filme inteiro
E ao subir os letreiros cê vai sacar os sinais
Nós é fúria à cada ato até os créditos finais

E eu não dominava todas as bolas na quadra
Mas se pá levava jeito pra dominar a quadrada
Sorte que a sorte deu sorte pra essa criança azarada
E eu dominei o mic no peito pra sair só essas rajadas
O mundo oferece o mínimo ao menor, e os mimo pros pior
E cê é obrigado à ser duas vezes melhor pra ser alguém na vida
Até me inspiro nos haxixe, mas sem crise
Pois lá atrás foi Rashid, me inspirando nas batida
O rap salva vida, rap mudou minha vida
Superman do brasa, mas nas casas crianças tem crack-tonita
E quanta história bonita, não se apagou por um cap?
E quanta vida perdida, não se encontrou pelo rap?
Cês cheira coca com a caneta, só escreve sobre farinha
Eu tento ser luz aos manos enquanto escrevo minhas linhas
MC's de pouca ação, hoje tem muita munição
Foda-se, eu já disse: Ainda sou de coração
Sei que eu não posso muito, tô longe de ser exemplo
Mas se eu fiz você acreditar em si por uma fração de tempo
Mano, valeu a pena, cada segundo nesse mundo
Mano, valeu a pena, valeu a pena
Cada segundo nesse mundo
Mano, valeu a pena, valeu a pena
Cada segundo nesse mundo, mano

Sigo calculando passo a passo, bro
As rimas são só parte do show
Revezo modo fast e o modo slow no flow, suavecito

Sigo calculando passo a passo, bro
As rimas são só parte do show
Revezo modo fast e o modo slow no flow, suavecito

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