Dois Mundos
Me vejo entre dois mundos
Em meio a um incêndio de estranhos impulsos
Onde verdades são encobertas
Pra gerar visões de infortúnios
Paredes têm olhos e ouvidos
Então, xi, pra não gerar tumultos
Farto de rótulos e de pessoas que sabem de tudo
Me excluo
Acho-me em ruínas buscando refúgio
Pra te alertar
Dessa fantasia absorvida dia após dia
Lidando com onças no concreto
Atento
Enfermo das neuroses que venho mantendo
Saia do prédio pr'ocê vê o perigo
Saia do tédio pra viver ilícito
É falso o que te requisitam, te
Transformando numa máquina
De ofícios, impostos e ditos
Os errados não seguiram isso
E prosseguem ativo
Pacífico, até certo ponto
Estupefato, ao ver os estrondos
Que se mutilam conforme os anos