D O C E
Vivendo quase morrendo
Desobedecendo placas, de velocidades
E de retornos, um transtorno, frio
Por fora, mó calor por dentro
No 220, é um risco de sequela
Se tu bota a cara a soco, vai
Sair toda esmurrada, por isso a minha
Desse jeito, abro a janela com grade
Muro na frente, nao tem como respirar um ar
Coroa passando simpático
Cumprimenta o carteiro, trânsito
Parado, barulhos e cheiros subindo
Do asfalto, lixos espalhados, realçando
A imundice de um país cansado
Pink Floyd no som, li no bus "não fume"
A ponta no bolso esquerdo da jaqueta
Exalando o fedor, um carro atolado na lama
E muito cheiro de esgoto, senhoras passando
Cachorros roendo osso
Drogas rolando, parece normal, mas
É acômodo