Saco de Estopa

José Caetano Erba / José Plínio Transferetti

Num saco de estopa com imbira amarrado
Eu tenho guardado é a minha paixão
Uma bota velha, chapéu cor de ouro
Bainha de couro e um velho facão

Tenho um par de esporas, um arreio e um laço
Um punhal de aço, rabo de tatu
Tenho uma guaiaca ainda perfeita
Caprichada e feita só de couro cru

Do lampião quebrado só resta o pavio
Pra lembrar o frio eu também guardei
Um pelego branco que perdeu o pelo
Apesar do zelo com que eu cuidei

Também um cachimbo de canudo longo
Quantos pernilongos com ele espantei
Um estribo esquerdo que eu guardo com jeito
Porque o direito na cerca eu quebrei

A nota fiscal já toda amarela
Da primeira sela que eu mesmo comprei
Lá em Soledade, na Casa da Cinta
230 na hora eu paguei

Também o recibo, já todo amassado
Primeiro ordenado que eu faturei
É a minha tralha num saco amarrado
Num canto encostado que eu sempre guardei

Pra mim representa um belo passado
A lida de gado que eu sempre gostei
Assim enfrentei este trabalho duro
Eu fiz meu futuro sem violar a lei

O saco é relíquia com os meus apetrechos
Não vendo e nem deixo ninguém pôr a mão
Nos trancos da vida segurei o taco
E o ouro do saco é a recordação

Curiosidades sobre a música Saco de Estopa de Chico Rey & Paraná

De quem é a composição da música “Saco de Estopa” de Chico Rey & Paraná?
A música “Saco de Estopa” de Chico Rey & Paraná foi composta por José Caetano Erba e José Plínio Transferetti.

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