Superstições e Lendas

O povo desse mundo é supersticioso
Se ver uma vela preta
Grita logo por socorro

Tem medo de escada, sandália emborcada
Se varre o pé da moça
Nesse ano ela não casa

Se passa assim de noite
Andando pela encruzilhada
Se ver uma oferenda
Tem um medo que se acaba

Põe um vidro, um sal grosso
Um alho ou coisa assim
Pra espantar demônio, espantar coisa ruim

Mas esse povo crente que está aqui presente
Não tem medo de nada, de sandália emborcada
Se faltou a energia e só tem vela preta
Ele usa a noite toda e não acontece nada

Estás pensando o quê? Estás pensando o quê?
Crente que é crente põe o diabo pra correr
Esse povo é protegido por milhares de anjos
Não vai ser um pai de santo que vai mexer com você
Estás pensando o quê? Estás pensando o quê?
Este povo é diferente, anda armado até os dentes
E usa arma de dois canos de sessenta e seis calibres
Quando ela dispara não há homem que se livre
Mas ela é diferente da pistola que mata, o seu tiro assim dá vida
Ela é a bíblia sagrada

O povo desse mundo acredita em lenda
É mula-sem-cabeça, é sereia encantada
É boto-cor-de-rosa que vive dentro d'água
É saci-pererê que mora dentro da mata
Acreditam na história que existe lobisomem
Humano transformado meio lobo, meio homem
Oferecem coisas boas, charuto, papa com sal
Pra que nenhuma dessas lendas venha a lhe fazer mal
Agora quando eu falo da história lá da cruz
Dizem que é lenda que não existiu Jesus
Deixa de ser tolo, presta atenção e me ouve
O meu Jesus Cristo existe, eu falei com ele hoje

Desmistificando Superstições: A Fé Inabalável em Superstições e Lendas

A música Superstições e Lendas, interpretada pelo duo Canção & Louvor, aborda de maneira crítica e bem-humorada a forma como as superstições e lendas urbanas são vistas e tratadas por diferentes grupos de pessoas, em especial, contrastando os supersticiosos com os fiéis cristãos. A letra descreve uma série de superstições populares, como o medo de velas pretas, escadas, sandálias viradas e encruzilhadas, e como essas crenças geram comportamentos baseados no medo e na tentativa de afastar o azar ou o mal.

No entanto, o ponto central da canção é a postura dos crentes, ou seja, dos fiéis cristãos, que, segundo a letra, não se deixam levar por essas superstições. A música enfatiza a confiança que esses fiéis têm em sua fé e na proteção divina, a ponto de não temerem as supostas consequências negativas associadas a essas crenças populares. A letra sugere que a fé cristã é uma arma poderosa, comparando a Bíblia a uma 'arma de dois canos de sessenta e seis calibres', que, ao contrário de armas que causam morte, traz vida.

Por fim, a música faz uma crítica àqueles que acreditam em lendas urbanas e folclóricas, como a mula-sem-cabeça e o lobisomem, mas questionam a existência de Jesus Cristo e a história da cruz. A canção desafia essa incredulidade, afirmando a realidade e a presença de Jesus na vida dos fiéis. A mensagem é clara: para os crentes, a fé em Cristo supera qualquer superstição ou lenda, e essa convicção é reforçada pela experiência pessoal de comunhão com o divino. A música, portanto, celebra a fé inabalável e a confiança na proteção divina, rejeitando o medo e a influência das superstições na vida dos que creem.