Clama Floresta

Julia Mestre, Ze Ibarra

Tomara que caia chuva
Caia, que caia, que caia
Tomara que caia chuva
Caia, que caia que, caia

As águas dos rios colorem a mata de imensidão
É azul, é verde, é marrom

Para cada pedaço de pão
É grande a mordida
É azul, é verde, é marrom

Para cada pedaço mordida
O homem que habita em nós
Ele quer matar, ele quer matar

É ela quem vai nos salvar, oh mãe
Ah bença
A mãe natureza reza por uma salvação

Clama floresta
Sem fôlego
Para fazer
Desta mata opaca
Colorida
Clama floresta
Sem fôlego
Para fazer
De teus frutos ninhos
Imagine como será
Como será

As águas dos rios colorem a mata de imensidão
É azul, é verde, é marrom

Para cada pedaço de pão
É grande a mordida
É azul, é verde, é marrom

Para cada pedaço mordida
O homem que habita em nós
Ele quer matar, ele quer matar

É ela quem vai nos salvar, oh mãe
Ah bença
A mãe natureza reza por uma salvação

Clama floresta
Sem fôlego
Para fazer
Desta mata opaca
Colorida
Clama floresta
Sem fôlego
Para fazer
De teus frutos ninhos
Imagine como será
Como será

Como será

Como será

Como será

É pelo Brasil
Teu cocar de pluma santo
Destituímos as coroas de ouro morte
Pelo ventre das tuas mulheres, terra, nascemos
Ingratidão e má sorte
Oh voz da floresta
Recebo, mãe
Pedra
Espada
Alma
Mãe sonora
E colorida
Nasce de você o fogo quente dos picos quentes mamários
Mamãe que não morre

Não deixar em vão o choro das ibirapitangas
O vão que deixaram
Entre as águas salgadas e as tuas portas
Não deixar em vão o choro das ibirapitangas
Não deixar em vão o choro das ibirapitangas

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