A Dona Sou Eu
Tô que nem um dois de paus
Aqui na gafieira,
Descola dessa arengueira
Que eu não vim aqui
Tomar chá de cadeira,
Olha eu me emperiquitei,
Vim toda produzida,
Você sabe que eu sou atrevida,
Pare de dançar com essa desincha vida
Já sei que essa baita sirigaita
Mora na Gomes Freire,
Quebrou um boteco na Vila Valqueire,
A moça em questão
Não é flor que se cheire
Não sou de confusão,
Mas do seu coração ninguém me expulsa,
Rodo a maranhense,
Eu faço uma sussa,
Mas fico contigo nem que a vaca tussa
Quando a orquestra tocar nosso Bésame Mucho
Eu perco o juízo, te agarro e te puxo,
Depois pego a unha, o bicho que deu,
A dona sou eu
Para evitar o tumulto num bom ambiente,
Avisa pra ela que a chapa tá quente,
Eu só tô pegando de volta o que meu