Bardo
BARDO
[Chico César e Zeca Baleiro]
loucos carnavais
tantos temporais
outras guerras mais e eu aqui
bardo do vazio
a bordo de um navio
que nunca partiu, esta ali
sigo respirando
sem saber nem quando ou onde há paz
o meu corpo marcha
e vou atrás
vai o inverno e vem
ouço perto o trem
mas não me convém
partir, ficar
céu azul anil
viver é febril
dentro d’alma um rio
anseia o mar
soldado que erra
lutando com as guerras que perdeu
o espelho encaro
é, sou eu
eu, fera farta que ataca
e afia a lâmina da faca
só para ferir a flor
eu, desleixado johnny cash
que postasse, que dissesse
hashtag volta amor