Clandestino em Nova York
Os dias corriam mansos
debaixo de um sol de 40 graus
Travessura, quanta estripulia
Eu vivia solto pelos quintais
"Sobe e Desce", "Santa Terezinha"
"Ribeirão Figueira", "Figueirinha"
À noite um rock na zona
nos braços de Dona Dulce e de Rosinha
Levanto cedo, corro atrás do dia
que é mania de mineiro ver o trem chegar
Vou lá pra beira-linha pra saber da sorte
Se é pro sul ou se é pro norte
que eu vou me levar
Um dia uma cigana me deu um toque
Menino, seu destino é viver clandestino
Seu destino é viver clandestino
Clandestino em Nova York
Eu deixei pra trás o meu rio
A pedra que faz sombra na cidade
Vim pensando em ganhar a América
e voltar pra comprar a felicidade
Muitas vezes no meio da noite
Os "Home" rondam a minha porta
A dor da saudade machuca o meu peito
e eu vou tocando a minha vida torta
Já que meu destino é viver clandestino
Eu vivo clandestino em Nova York