Um Amanhã Inexistente
Vilmar Pudell, Wilson Paim
UM AMANHÃ INEXISTENTE
O FOGO FAZIA COMPANHIA
AQUECENDO A CASA
A SAUDADE QUE ANCORAVA
QUEIMAVA EM BRASA
O OLHAR TRISTE SOLITÁRIO
PERDIA-SE NO BRASEIRO
NÃO LHE RESTAVA MAIS NADA
ALÉM DO CUSCO parceiro
OS ANOS PASSARAM A TROTE
DIZIMANDO O HOJE E O ONTEM
GRIFANDO UM PRESENTE OCO
QUE AS LABAREDAS CONSOMEM
LEMBRANÇAS DE UMA VIDA
CINZELADA... NA RETINA DO TEMPO...
RETRATADA EM PRETO E BRANCO
PERDENDO-SE... NUM SOPRO DE VENTO...
A SAUDADE QUE HOJE O ABRAÇA
NÃO É PELO ONTEM... E SIM O AGORA
A ESPERANÇA DE UM AMANHÃ NÃO EXISTE
SOMENTE UM RETRATO CHAMADO... OUTRORA
