Clarim Farroupilha

Otavio Reichert, Wilson Paim

O CLARIM FARROUPILHA

Dezenove de setembro, Trinta e Cinco, bem me lembro,
alguém soou um clarim. Nem ele, eu ou você,
poderia compreender ser tão importante assim.

Pros lados de Viamão se juntou a rebelião,
cavalgando um ideal. Bento Gonçalves fez planos:
com duzentos araganos conquistaram a capital.

Mas pra fazer o levante! Onofre Pires por diante,
a corneta fez sentido em suas notas vibratórias.
Dez anos de dor e glórias neste Rio Grande querido!

Seu nome: Antônio Ribeiro!
Foi de Bento o corneteiro por estes campos sem fim.
Onde se perderam vidas; inda ouvem notas sentidas...
Negro Antônio e seu clarim.

Pra silêncios! Alvoradas! Avanços ou retiradas!
Por ordens estrategistas... Acordava os quero-queros.
Sobrepondo-se aos berros! Enaltecendo conquistas.

Índia Muerta, Sarandi! Alegrete e Taquari...
Na serra das Vacarias. Nas planuras de Pelotas,
Nas vitórias e derrotas, dias quentes, noites frias.

Este clarim farroupilha soou além da coxilha,
foi a São José do Norte. Deus é maior que as desditas,
pra Garibaldi e Anita, ao amor soprou mais forte.

O Pampa já em calmaria, notas tristes, em alforria,
quando Bento foi à terra. Depois o negro, orgulhoso,
junto ao clarim fez repouso... Clarim de paz, e de guerra!

Antônio Ribeiro! Negro Antonio e seu clarim.

Curiosidades sobre a música Clarim Farroupilha de Wilson Paim

De quem é a composição da música “Clarim Farroupilha” de Wilson Paim?
A música “Clarim Farroupilha” de Wilson Paim foi composta por Otavio Reichert, Wilson Paim.

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