Manequim
Guilherme de Brito
Sei que o teu carinho é feito por obrigação
Sei que o teu abraço nunca foi de coração
E o meu beijo ardente tu não sentes, criatura
És natureza morta no meu quadro sem moldura
Não reclamas minha ausência
Nem te dói a consciência em querer me humilhar
Mas vou vivendo mesmo assim
Namorando um manequim
Na vitrine do meu lar