O Galdério

Deitei-me já cantava o galo
Empoleirado num caixote
Nem sequer abri a cama
Não tive forças para tal

Levei a noite a dançar tangos
Na boite do Roriz
Esbanjei tudo o que tinha
Parecia Carnaval

Foi uma noite sentida
Conversei com o pecado
Fiz amor com três mulheres
Esqueci que era casado

Vieram taças de champanhe
Com rodelas de ananás
Perdi a conta à bebida
Quis sair não fui capaz

Ó José abre a pestana
Tens um filho para criar
Pois quem dorme muito aprende
O que não deve ensinar

Já chega de galderice
Está na hora de assentar
Ó José abre a pestana
Tens um filho pra criar

Hoje não fui trabalhar
Fiquem em casa desmaiado
Tenho o puto cheio de fome
A mãe foi pedir fiado

A despensa está vazia
O patrão telefonou
Ameaçou despedir-me
Se assim for onde é que eu vou?

Vou jogar uma cartada
Sempre dá para distrair
Caia a sorte deste lado
Disto ainda me hei-de rir

Quem sabe se a batota
Engorda a sorte mindinha
Que no amor e no jogo
Raramente a sorte alinha

Deitei-me já cantava o galo
Empoleirado num caixote
Nem sequer abri a cama
Não tinha forças para tal

Levei a noite a dançar tangos
Na boite do Roriz
Esbanjei tudo o que tinha
Parecia carnaval

Músicas mais populares de Virgem Suta

Outros artistas de