Destino de Caipira
Saio cedo da palhoça e vou lá pra roça para empreitada
Dinheiro de sobra não via quase todo dia na lida pesada
Mas nas festas da igreja moda sertaneja viola e catira
Desde bem pequenininho cumpro meu destino de ser um caipira
Volto bem de tardezinha pego a violinha ponho-me a cantar
Gosto das coisas da roça sempre que eu poço saio pra pescar
Minha traia simplesinha só anzol e linha e vara de bambu
Garanto a minha mistura faço na fritura piau e pacu
Eu vou lá na minha hortinha pego cebolinha e umas mandiocas
Pra fazer a comidinha molho de galinha angu e tapioca
Dentro da simplicidade longe da cidade sou feliz aqui
É a lenha o meu fogão pra fazer feijão arroz e pequi
Quando o sol já vai sumindo a lua surgindo é uma beleza
Viola não fala de dor canta só o amor a paz e a natureza
Minha vida é um sonho tenho os meus planos do que eu preciso
Então agradeço a Deus porque ele me deu esse paraíso