De um lado pro outro
De um lado pro outro
De tanto bebeu ficou atolado
De fato, era como boneco de posto
O moço, de torto, dormiu sentado
Primeiro prum lado e depois pro outro
De um lado pro outro ele quase caía
Até que uma hora ele se espatifou
Danado! O guri disse que não doía
Mas, mudou de idéia assim que acordou
Acordou quebrado, com dores no corpo
Café da manhã: uma dose de pinga
Já embalado, foi ele de novo
Bom dia, Loucura. Seja bem vinda!
Era uma draga, um barril imenso
Uma esponja gigante, um poço sem fim.
Bebeu toda a pinga sem nenhum lamento.
Não deixou uma mísera gota pra mim
De um lado pro outro. Ele capengava
A tarde, bêbado estava outra vez
Mais doido que ontem continuava
Provando aos bebuns quem era o rei
"O rei da Cãnha" era como dizia
De um lado pro outro ele persistiu
De cara cheia e barriga vazia
Com a testa no chão, o coitado, caiu
Estarrado por lá um tempo ficou
Até que alguém o "ajuntou" do chão
De um lado pro outro. Foi ele de novo
Cambaleando em plena contramão
De um lado pro outro, ele foi embora
De um lado pro outro, o rei partiu
Bêbado eu também tava na hora
Desde que chegou até que saiu