(no Fio Dos Anos) Sempre A Correr
Algo que aconteça
De tragicamente grande
Por que valha a pena
Deixar correr o sangue.
Algum desígnio épico
Enorme e emotivo
A rasgar o Céu aberto
A queimar no Sol a pino.
Tanto fizemos
De puro prazer
No fio dos anos
Sempre a correr.
Assim uma tempestade
Que cresce no horizonte
Negro mar imenso
Tocado pelo vento forte.
Que faço eu aqui
Se não mudar o mundo
O mal tem raiz
E a cura tem um rumo.
Tanto fizemos
De puro prazer
No fio dos anos
Sempre a correr.
E sempre a correr
Passámos pelos dias
Procurando viver
O que a vida nos destina.
Tanto fizemos
De puro prazer
No fio dos anos
Sempre a correr.