Ondas no Coração (Karamazov)

Orly

Estatua de mórbido sentido
pobre e falecido no ousar
e tão preocupado na maneira
caminho uma vida inteira a penar.


Eu tive que controlar saber
em termos o que te dizer, aceitar
o sangue que corria valente a beira impaciente rumo ao mar.


Das ondas que quebram no meu coração
não fazem sentido para mim
por mais que me levam da longa razão
espero voltar a sorrir.


E a nuvem que passa nesse cinza
chuva eterna que brinda vem falar
de todos os dias que padeço
porque eu nunca me esqueço de sonhar.


E vejo meus ombros colados ao chão
méritos todos em vão apanhar
como um fruto caindo tão maduro
Perdendo-se no futuro não ganhar.


Ganhar o seu cheiro num abraço de irmão
torturar-me e cair e de todo jeito
tentar seu perdão mesmo assim não conseguir.


E quando estou lendo já é tarde
vem para mim sua imagem beijar-me
então eu me ponho em movimento
sempre no sopro do vento largar-me
e dobro as esquinas deprimentes
tento me manter conscientemas não dá
nas frases escritas desse muro
parto no rumo escuro trancar-me.


Não mostro o meu rosto nessa solidão
sinto vontade de sumir do fundo do posso
sair é em vão se você não está mais aqui,
se você não está mais, Se você não está mais aqui.

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