Um dia, mãe
Dia, mãe... dia, amor... dia meu
Não implore não, oh mãe
Pelos filhos teus
Dia, mãe... dia, amor... dia meu
Não é culpa sua, mãe
Nem dos filhos teus
Ver a morte guiar a vida pra bem longe da ferida
Da peleja do diabo, o pai do sol
Que criou tanta poeira
Tá na boca
Tá veia
Tá nos olhos de quem crê
E adeus, mãe
E adeus, mãe
Cê plantada nesta terra esperando e nada pra colher
O que semeia e não floresce, sem escolha, sem modo de crescer
Adeus, amor, que um dia eu volto e agente vai viver
A vida mesmo de quem pode, às vezes, até sofrer
Até sofrer