Cicatrizes
No tempo do cativeiro
Quando senhor me batia
Gritava por Nossa Senhora
Meu Deus, como as pancadas doía
Ê auê! E, êa
Qual é a mãe que não chora
Vendo seu filho apanhar
Preto velho na Senzala
Não tinha a quem recorrer
Trabalhava e apanhava
Sem ao menos merecer
Ê auê! Ê, êa
Qual é a mãe que não chora
Vendo seu filho apanhar
Treze de Maio chegou
Preto velho até chorou
Só ficaram cicatrizes
Das chicotadas que levou
Ê auê! Ê, êa
Qual é a mãe que não chora
Vendo seu filho apanhar