A Casa / O Pato / O Ar (o Vento) / A Bicicleta / O Caderno
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
Lá vem o pato pato aqui, pato acolá
Lá vem o pato para ver o que é que há
Lá vem o pato pato aqui, pato acolá
Lá vem o pato para ver o que é que há
O pato pateta pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela
Estou vivo mas não tenho corpo
Por isso é que não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Estou vivo mas não tenho corpo
Por isso é que não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco me chamam brisa
E se assobio, isso é comum
Quando sou forte me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum
Estou vivo mas não tenho corpo
Por isso é que não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Estou vivo mas não tenho corpo
Por isso é que não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco me chamam brisa
E se assobio, isso é comum
Quando sou forte me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te faço companhia por aí,
Entre ruas, avenidas, na beira do mar
Eu vou com você comprar e te ajudo a curtir
Picolés, chicletes, figurinhas e gibis
Rodo a roda e o tempo roda e é hora de voltar
Pra isso acontecer basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco Até o bê-a-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer