Furacões e Borboletas

Rafael Zangão

Não tenho nada a oferecer
Minhas memórias meus defeitos
Sempre me escapam sob efeito
De uma droga qualquer


Não tenho nada a dizer
Só meu silêncio já me basta
A solidão já não escapa
De um simples toque do meu olhar


Eu não quero mais sofrer
Se existir um fim do túnel
E se esse túnel for profundo
Esse túnel sou eu


E eu não vou saber como dizer
Mas tenho medo de me perder
De me iludir e sem sentir
Acabar com que restou


De um sonhador, de um grande amor
Que o tempo apenas acalmou
Pra ressurgir com a primavera
E as flores que nascem com você


E quantas vezes já pensei
Não é melhor por fim a tudo
E não esperar eu ter futuro
Sem essa dor e sofrimento jamais


Mas quem serei eu?
Não vou desistir, quero respirar, quero existir


Meu coração não é de pedra
Olho para o céu então eu vejo
Tudo criado no desejo de eu ser feliz

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