Kachina

Tatto Navarro

Noite chegava
Anjo saudava
Sono liberta
Alma desperta


Voava sem asas
E olhava mil casas
Se apequenarem
Países, mares
Planetas e sistemas solares


Ao longe avistou
Um sistema errante vindo do sul
Lembrou Capela, exilado dela
Expurgo outra vez
Desta vez da Terra


Sofrimento é meio de progresso
Mas o orgulho é avesso
Kachina, Kachina
Sétimo planeta, sétima trombeta
Kachina, na Terra a morte grita em lepra viva
Purificação


Tão pequenos, tão pequenos
Planetas orbitam sóis que habitam muitos
Universos, multiversos
O ego humano é imenso pra um mundo tão pequeno

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