O Bilhete

Rubens Avelino / Taubaté

Alguém um certo dia
Ao passar junto a mim
Jogou-me um bilhete
No qual dizia assim


Peço mil desculpas
Por usar tanta franqueza
Pode ser uma fraqueza
Mas não pude resistir


Por isso as migalhas
De tudo quanto sinto
Juro eu não minto
Eu estou mandando aqui


Contra o destino
Não se pode fazer nada
Apesar de ser casada
Me apaixonei por ti


Que me adianta
Ser honesta e ser sincera
Ser a esposa sempre amiga
De um amor que não é o meu


Toda aquela
Que agiu desta maneira
Vegetou a vida inteira
Morreu velha e não viveu


Aquele bilhetinho
Me deixou atormentado
Ao ver a assinatura
Da pessoa que escreveu


Porque faz muito tempo
Que a amo loucamente
Pois vejam minha gente
O que foi que aconteceu


O que se deu com ela
Também se passa comigo
Seu esposo é meu amigo
E minha esposa lhe quer bem


Mas este amor
Já me feriu tanto na vida
Que aprendi com a própria vida
Que ninguém é de ninguém


Que me adianta
Ser honesto e ser sincero
Ser o esposo sempre amigo
De um amor que não é o meu


Todo aquele
Que agiu desta maneira
Vegetou a vida inteira
Morreu velho e não viveu

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