A Loja
Um dia tive uma vontade,
De dar mais do que dou, sem receber em troca,
E encontrar na liberdade , uma força de viver.
Imaginei sem querer qualquer mal,
Um lugar para dar, vivências do caminho,
Ter aberto a tempo inteiro,
Uma loja sentimental.
Teria estátuas e bugigangas,
Haveria eletricidade em pó,
E morreriam as conversas de tangas,
Era a minha loja e minha só.
Disperso entre fumos e sabores,
Um baloiço bamba saudade,
E um teto com ladrilhos de milhares de cores,
Todas as da realidade.
Divido forças com camisas na estante,
Que dou em separado, para doidos vender junto,
Outra estante tem altifalantes,
Só para os que não falam muito.
Teria estátuas e bugigangas,
Haveria eletricidade em pó,
E morreriam as conversas de tangas,
Teria contas, despesas e missangas,
Todas elas juntas e presas por um só nó,
E com sorrisos faria dois para as mangas,
Etiquetas do arco da avó,
Pois era a minha loja e minha só! ooooooh!