velorio

Guilherme

Eita! De lá de trás do embruio da serra,
Por onde um grão de exalo vem pro nariz se posar
Cheiro mei largo de madeira bulida
Que se apruchega cum som chamando pra festeiar

E a lua se derramando perto do torto da estrada
Acende em brasa o quentão, deixa a mulera rachada
Infesta todo o sertão inté varar madrugada

Eita! De cá, no mei de todo o festeiro
O fogo pega ligeiro inté a poeira levar
Feito um riseiro solto na multidão
Com os calo cheio de mão e os dente solto no ar

E o sol vem se anunciando quando por tempo acabar
As vela em água no chão vendo as flor se soltar
Seguindo o povo pra ver o falecido se deitar

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