Que Se Chama Amor
Como é que uma coisa assim machuca tanto
E toma conta de todo o meu ser?
É uma saudade imensa que partiu meu coração
É a dor mais funda que a pessoa pode ter
É um vírus que se pega com mil fantasias
Um simples toque de olhar
Me sinto tão carente, consequência desta dor
Que não tem dia e nem tem hora pra acabar
Aí eu me afogo num copo de cerveja
E que nela esteja minha solução
Então, eu chego em casa todo dia embriagado
Vou enfrentar o quarto e dormir com a solidão
Meu Deus, não!
Eu não posso enfrentar essa dor
Que se chama amor
Tomou conta do meu ser
Dia a dia, pouco a pouco
Já estou ficando louco
Só por causa de você
A Dor e a Saudade em Que Se Chama Amor do Só Pra Contrariar
A música Que Se Chama Amor, interpretada pelo grupo Só Pra Contrariar (SPC), é um clássico do pagode dos anos 90 que aborda o tema universal do amor e da dor que muitas vezes o acompanha. A letra da canção descreve o sentimento avassalador que o amor pode causar, especialmente quando há uma perda ou uma saudade profunda. Através de uma narrativa poética, o eu lírico expressa a intensidade de suas emoções e o impacto que elas têm em sua vida cotidiana.
O SPC, liderado pelo vocalista Alexandre Pires na época, era conhecido por suas melodias contagiantes e letras que falavam diretamente ao coração de seus ouvintes. Em Que Se Chama Amor, a banda utiliza metáforas como 'um vírus que se pega com mil fantasias' para ilustrar como o amor pode ser incontrolável e invasivo, assim como uma doença que não escolhe hora nem lugar para se manifestar. A canção também aborda a tentativa de escapar da dor através do álcool, uma realidade para muitas pessoas que buscam alívio para o sofrimento emocional em vícios ou hábitos autodestrutivos.
A música ainda toca em um ponto sensível ao retratar a solidão que acompanha a dor do amor. O eu lírico menciona o ato de 'dormir com a solidão', uma imagem poderosa que ressoa com qualquer um que já tenha sentido a ausência de um amor. A expressão Que Se Chama Amor sugere que, apesar de toda a dor, o sentimento ainda é identificado como amor, o que pode ser interpretado como uma aceitação melancólica da complexidade e da dualidade desse sentimento que, ao mesmo tempo que traz alegria, pode trazer uma dor profunda.