Moçambique

Seu Pereira e o Coletivo 401

No bolso a caneta Bic
Na cara óculos escuros
Pensando no meu futuro
Vou remar pra moçambique
Se ela deixa de xilique
Juro que volto pra ela
No mar com meu barco a vela
Enfrentando desmantelo
Pra chegar em cabedelo, na porta da casa dela
No bolso a caneta Bic
Na cara óculos escuros
Pensando no meu futuro
Vou remar pra moçambique
Se ela deixar de xilique
Juro que volto pra ela
No mar com meu barco a vela
Enfrentando desmantelo
Pra chegar em cabedelo
Na porta da casa dela
Do outro lado do mar
Amar é igual aqui
Sofrer é igual amar sem fim
Sofrer é igual amar sem fim
Penso em passar por Luanda
Depois que deixar Dakar
Quem vive de navegar
O vento é quem lhe comanda
Mas se ela for pra varanda
Gritando "meu nego fique"
Esqueço de Moçambique
Me aqueto no colo dela
Escrevo um poema pra ela
Com a minha caneta Bic

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