Maria Chiquinha
Que c'ocê foi fazer no mato, Maria Chiquinha?
Que c'ocê foi fazer no mato?
Eu precisava cortar lenha, Genaro meu bem
Eu precisava cortar lenha
Quem é que tava lá com você, Maria Chiquinha?
Quem é que tava lá com você?
Era fia de Sá dona, Genaro meu bem
Era fia de Sá dona
Eu nunca vi mulher de culote, Maria Chiquinha
Eu nunca vi mulher de culote
Era a saia dela amarrada nas perna, Genaro meu bem
Era a saia dela amarrada nas perna
Eu nunca vi mulher de bigode, Maria Chiquinha
Eu nunca vi mulher de bigode
Ela tava comendo jamelão, Genaro meu bem
Ela tava comendo jamelão
No mês de setembro não dá jamelão, Maria Chiquinha
No mês de setembro não dá jamelão
Foi uns que deu fora do tempo, Genaro meu bem
Foi uns que deu fora do tempo
Então vai buscar uns que eu quero ver, Maria Chiquinha
Então vai buscar uns que eu quero ver
Os passarinhos comeram tudo, Genaro meu bem
Os passarinhos comeram tudo
Então eu vou te cortar a cabeça, Maria Chiquinha
Então eu vou te cortar a cabeça
Que c'ocê vai fazer com o resto, Genaro meu bem?
Que c'ocê vai fazer com o resto?
O resto? Pode deixar que eu aproveito
A Inocência e o Humor na Canção Maria Chiquinha de Sandy & Junior
A música Maria Chiquinha, interpretada pela dupla Sandy & Junior, é um clássico do repertório infantil brasileiro que marcou a carreira dos irmãos no início dos anos 90. A canção apresenta um diálogo entre dois personagens, Genaro e Maria Chiquinha, onde Genaro questiona as ações de Maria, que responde de forma ingênua e cômica, criando um jogo de perguntas e respostas que revela uma série de mal-entendidos.
A letra da música é construída em torno de um equívoco: Genaro suspeita que Maria Chiquinha esteja escondendo algo, e ela, por sua vez, tenta explicar suas ações de maneira que pareçam inocentes. As respostas de Maria Chiquinha são sempre criativas e engraçadas, sugerindo que ela está tentando encobrir algo, mas de uma forma tão absurda que acaba por ser cômica. A música brinca com a ideia de que as crianças têm uma lógica própria, que muitas vezes não faz sentido para os adultos, mas que no contexto da canção, serve para entreter e provocar risadas.
Por fim, a música termina com uma nota de humor negro, quando Genaro ameaça cortar a cabeça de Maria Chiquinha, e ela, sem perder a inocência, pergunta o que ele fará com o resto do corpo. A resposta de Genaro, 'O resto? Pode deixar que eu aproveito', é uma brincadeira que, embora possa parecer macabra, é entregue em um tom leve e jocoso, característico das músicas infantis da época. Maria Chiquinha é um exemplo de como a música popular pode usar o humor e a simplicidade para criar uma narrativa cativante e memorável, especialmente para o público infantil.
